Foi meu pai quem deu o sinal: - “Vi um disco da Rita Lee na vitrine das Casas Sendas. Acho que esse você não tem. Ela está sem camisa, com um colar e tem um papagaio no ombro.” Disco novo de Rita! Como? Nem soube.
Naquela mesma noite, a globo terminava de me colocar em cólicas. A chamada do disco apareceu, um pouco antes da novela das 8. Claro que eu nem dormi direito.
Em 1976, eu tinha 8 anos e já era fã...nático pela Rita. Tinha tudo dela....e queria continuar a tradição..
Depois da aula, minha mãe foi comigo até as Casas Sendas e comprou o disco. Vim pra casa segurando ele (que nem deixei embrulhar, para que todo mundo pudesse ver que eu tinha o recém lançado LP) como um troféu que era. Minha Santa vitrolinha Philips tocou pela primeira vez o disco e eu, já na primeira audição, pude eleger logo as minhas canções preferidas. “Corista de Rock”, “Bruxa Amarela”, “Superstafa” e “Posso Contar Comigo”. (mais velho, passei a gostar também de Coisas da Vida e de Com a Boca no Mundo) No encarte verde escrevi meu nome e coloquei a data. 22 de Setembro de 1976.
Muitos anos depois, vim a saber que esse é um dos discos que Ritinha menos gosta. Ela estava vivendo uma fase um pouco complicada e nem pode finalizar o disco direito.
Fiquei triste. “Entradas e Bandeiras” é um dos meus preferidos!
Produzido por Peninha Schimith e Wagner Baldinato foi gravado em São Paulo e era o segundo disco de Rita na Som Livre e o terceiro com a banda Tutti&Frutti.
Rita Lee e eu...caso antigo!
01- Corista de Rock
02- Lady Babel
03- Coisas da Vida
04- Bruxa Amarela
05- Departamento de Criação
06- Superstafa
07- Com a Boca no Mundo
08- Posso Contar Comigo
09- Troca-Toca
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