19.1.12

Elis, 30 Anos Depois


   Por incrível que possa parecer, lembro-me perfeitamente onde estava na tarde de 19 de janeiro de 1982. Havia chegado do colégio e, depois de almoçar, fui para a sala de televisão para assistir ao “Vale a Pena Ver De Novo”. A novela que estava passando naquela época eu não me lembro, mas, um boletim especial interrompia a programação para informar aos brasileiros que, Elis Regina acabava de falecer. Minha mãe e uma amiga que naquela ocasião nos visitava não acreditavam no que acabavam de ouvir, e, imediatamente começaram a girar o seletor da Tv a procura de mais notícias.
Era verdade. Elis havia morrido!
Garoto ainda, sabia que Elis era uma das cantoras preferidas de meus pais. Nem sei quantas vezes ouvi  os Lps “Elis e Tom”, “Essa Mulher”, “Saudades do Brasil” e “Falso Brilhante”.
Vi minha mãe chorar e, ao ver aquela cena, também chorei.
Durante toda aquela tarde a Tv ficou ligada. A noite, quando meu pai chegou do trabalho, a notícia e os comentários eram os mesmos...Elis.
Os discos da musa foram girar na vitrola, e todos os jornais televisivos foram vistos.
Desse dia em diante, passei a admirar a cantora que era Elis Regina e confesso que ganhei muito com isso. Comecei a conhecer os grandes compositores gravados por ela, como também passei a ter a curiosidade por uma fase musical até então, não explorada por mim. A intérprete, a cantora e seu estilo, são para mim, até hoje, uma grande referência.
Hoje, 30 anos depois, consigo ver o motivo de tanta comoção, tanta pena, tantas lágrimas e tanto vazio. Elis foi, é, e sempre será a grande voz do Brasil e de todos os brasileiros que até hoje, não deixaram sua arte morrer.
Elis ainda vive!
Não morrerá nunca!
Ainda bem!
Viva Elis!

3 comentários:

  1. Anselmo:
    Puxa!
    Foi assim mesmo, Gaspar!
    Lembro que eu estava na sala brincando no chão.
    E aquela notícia que mudou a história da MPB!
    Com grande saudade e agradecidos pela obra deixada.
    Sim! Viva Elis!

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  2. Parabéns pelo bom gosto que você herdou dos seus pais.
    Consegui ver Falso Brilhante ao vivo no Teatro Bandeirantes.
    Elis não era uma interprete.
    A Pimentinha no palco era uma força da Natureza.
    Te conduzia através de Romaria às nossas raízes mais puras e caipiras
    Casa no Campo te dava vontade de vender tudo e comprar uma.
    Sua voz ia da suavidade de um canto de ninar, a um brado de guerra interpretando Cazuza.
    Brasil mostra a sua cara, que depois apareceram pintadas.
    Teve a coragem de abrigar Gonzaguinha e tantos outros que "naqueles tempos" estavam no ostracismo.
    Era bondosa e deixava a gente notar que o timaço de músicos que a acompanhava, Cesar Camargo junto, estavam no palco.
    Que eu me lembre, foi a primeira artista a brilhar cantando em Português no Festival de
    Montreux.
    Foi "só" isso.
    "Sobraram" os discos e vídeos.
    Ajudam a ter uma idéia.
    Mas quem viveu a experiência de ver Elis ao vivo, ficou com a sua lembrança gravada nos nossos corações à ferro, fogo, luz, som e lágrimas.
    É só ver o video de Atrás da Porta com Cesar Camargo ao piano com ela se desfazendo em lágrimas.
    Sincera e puras.
    Como só Elis foi.
    Abração,

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  3. Gaaaaaaaaaaaaaasparrrrrrrrrrrrrr!

    Kd vc????????

    SAUDADE DE TODOS NÓS!
    Marcos

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