Por incrível que possa parecer, lembro-me perfeitamente onde estava na tarde de 19 de janeiro de 1982. Havia chegado do colégio e, depois de almoçar, fui para a sala de televisão para assistir ao “Vale a Pena Ver De Novo”. A novela que estava passando naquela época eu não me lembro, mas, um boletim especial interrompia a programação para informar aos brasileiros que, Elis Regina acabava de falecer. Minha mãe e uma amiga que naquela ocasião nos visitava não acreditavam no que acabavam de ouvir, e, imediatamente começaram a girar o seletor da Tv a procura de mais notícias.
Era verdade. Elis havia morrido!
Garoto ainda, sabia que Elis era uma das cantoras preferidas de meus pais. Nem sei quantas vezes ouvi os Lps “Elis e Tom”, “Essa Mulher”, “Saudades do Brasil” e “Falso Brilhante”.
Vi minha mãe chorar e, ao ver aquela cena, também chorei.
Durante toda aquela tarde a Tv ficou ligada. A noite, quando meu pai chegou do trabalho, a notícia e os comentários eram os mesmos...Elis.
Os discos da musa foram girar na vitrola, e todos os jornais televisivos foram vistos.
Desse dia em diante, passei a admirar a cantora que era Elis Regina e confesso que ganhei muito com isso. Comecei a conhecer os grandes compositores gravados por ela, como também passei a ter a curiosidade por uma fase musical até então, não explorada por mim. A intérprete, a cantora e seu estilo, são para mim, até hoje, uma grande referência.
Hoje, 30 anos depois, consigo ver o motivo de tanta comoção, tanta pena, tantas lágrimas e tanto vazio. Elis foi, é, e sempre será a grande voz do Brasil e de todos os brasileiros que até hoje, não deixaram sua arte morrer.
Elis ainda vive!
Não morrerá nunca!
Ainda bem!
Viva Elis!
Anselmo:
ResponderExcluirPuxa!
Foi assim mesmo, Gaspar!
Lembro que eu estava na sala brincando no chão.
E aquela notícia que mudou a história da MPB!
Com grande saudade e agradecidos pela obra deixada.
Sim! Viva Elis!
Parabéns pelo bom gosto que você herdou dos seus pais.
ResponderExcluirConsegui ver Falso Brilhante ao vivo no Teatro Bandeirantes.
Elis não era uma interprete.
A Pimentinha no palco era uma força da Natureza.
Te conduzia através de Romaria às nossas raízes mais puras e caipiras
Casa no Campo te dava vontade de vender tudo e comprar uma.
Sua voz ia da suavidade de um canto de ninar, a um brado de guerra interpretando Cazuza.
Brasil mostra a sua cara, que depois apareceram pintadas.
Teve a coragem de abrigar Gonzaguinha e tantos outros que "naqueles tempos" estavam no ostracismo.
Era bondosa e deixava a gente notar que o timaço de músicos que a acompanhava, Cesar Camargo junto, estavam no palco.
Que eu me lembre, foi a primeira artista a brilhar cantando em Português no Festival de
Montreux.
Foi "só" isso.
"Sobraram" os discos e vídeos.
Ajudam a ter uma idéia.
Mas quem viveu a experiência de ver Elis ao vivo, ficou com a sua lembrança gravada nos nossos corações à ferro, fogo, luz, som e lágrimas.
É só ver o video de Atrás da Porta com Cesar Camargo ao piano com ela se desfazendo em lágrimas.
Sincera e puras.
Como só Elis foi.
Abração,
Gaaaaaaaaaaaaaasparrrrrrrrrrrrrr!
ResponderExcluirKd vc????????
SAUDADE DE TODOS NÓS!
Marcos